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20 dicas para montar um negócio de sucesso – parte 4

Esse post é a continuação do post : 20 dicas para montar um negócio de sucesso – parte 3 , Se não leu ainda sugiro que leia o post anterior…

16. Faça um plano de negócios realista

Para perder o medo de pisar em terreno desconhecido, uma boa arma para quem quer montar um negócio é fazer um plano de negócios. Marcelo Cherto diz que é necessário que esse plano de negócios seja realista. “O plano de negócios tem que ser verdadeiro e o empresário tem que pensar que todo negócio demora um tempo para decolar. Por isso é fundamental ter esse planejamento, que vai servir como mola propulsora do negócio durante toda a sua vida”.
Para Marcelo Aidar, professor da FGV-SP, um plano de negócios realista incorpora informações verdadeiras provenientes de um estudo de mercado, de planejamento financeiro, fluxo de caixa, previsão de vendas, entre outros. “Saber como atender à demanda, enfrentar períodos de sazonalidade, suprir a mão-de-obra é fundamental para um plano de negócios eficiente. Enriqueça-o com informações”.
Antonio Carlos de Matos, do Sebrae-SP, destaca três aspectos importantes que devem estar contidos no planejamento inicial de montagem da empresa: preço de venda, volume de venda e estrutura compatível. “É fundamental pensar nesse tipo de coisa antes de abrir um negócio”. Em relação ao preço de venda, o especialista diz que o domínio total dos custos ajuda a definir o preço do produto ou serviço a ser vendido. Quanto ao volume de vendas, é necessário fazer um planejamento sobre a quantidade necessária a ser vendida para pagar despesas e gerar lucro.
O empresário precisa oferecer uma infra-estrutura compatível com o que o mercado aceita pagar em produto ou serviços. “Por exemplo, não adianta uma padaria ter duas secretárias e vender o pãozinho 20% mais caro para pagar esse custo. O cliente não vai aceitar esse tipo de coisa”, diz Matos.

17. Cuidado na escolha do sócio

Com a falta de capacitação em uma determinada área ou até mesmo com o intuito de agregar mais investimentos ao negócio, o candidato a empresário considera a possibilidade de montar um negócio em sociedade. Mas muitas vezes é pego pelo medo de fazer uma escolha inadequada e acabar sendo prejudicado por causa disso. “Cuidado com a escolha do sócio”, alerta Marcelo Cherto. Para o consultor, a escolha de pessoas conhecidas e próximas nem sempre pode ser o melhor negócio.
“Por exemplo, escolher seu melhor amigo como sócio não garante o sucesso do negócio. Para dar certo, é necessário que haja perfis complementares”.?Compartilhar com o sócio as experiências ajuda a vencer o medo de ir em frente na meta de abrir um negócio, de acordo com Paulo Veras, ex-diretor geral do Instituto Endeavor. “É fundamental trocar ideias e experiências a respeito de suas competências. Isso ajuda a vencer o medo e o objetivo de constituir uma empresa acaba ficando mais forte, pois todo mundo se ajuda e se empolga junto”. A relação entre os sócios é comparada a um casamento: eles se unem com um propósito específico, que é o de criação e crescimento da empresa.
Na visão de Veras, o sócio ideal é aquele que tem a capacidade de fazer a empresa ir muito mais longe do que o empresário sozinho. E têm que estar preparados para conduzir e administrar empecilhos que possam surgir no meio do caminho como deficiência na condução de problemas de gestão do dia-a-dia da empresa, falta de consenso na hora da tomada de decisões, falta de planejamento e de comunicação, entre outros.
18. Capital: tenha sempre uma reserva

Um dos aspectos que mais assombram a cabeça de quem tem vontade de montar um negócio é perder dinheiro. Por isso, os especialistas recomendam ter sempre uma reserva mínima para dar início ao negócio. “Ter esse capital é importante, pois dificilmente um negócio funciona como o planejado. Esse capital de reserva vai ajudar a resolver os imprevistos, que sempre acontecem nessa fase de criação do negócio”, diz Cherto.
Trabalhar com cautela para suprir cenários mais pessimistas faz com que o negócio esteja sempre preparado para enfrentar chuvas e trovoadas. “De início, a empresa nova sempre vive alguns imprevistos, e existe pouco acesso ao crédito, que é caro”, ressalta Marcelo Aidar. A situação se torna ainda mais complicada quando o capital investido vem do patrimônio pessoal, como a venda de um imóvel, de um carro, de bens familiares. “Uma grande parte dos empreendedores se desfaz de patrimônio pessoal para montar um negócio. Por isso é importante sempre fazer os cálculos jogando os números para cima”.?

19. Comece pequeno

Ao tomar a decisão de montar um negócio, uma das perguntas que se faz é: qual deve ser o tamanho da minha empresa? A boa notícia é: ela pode começar pequena. Mas muitos empreendedores acabam pecando pelo excesso. Ou seja, investem gordas quantias, compram piso de mármore, móveis de grife, entre outros. E aí se vêem frente a frente com os imprevistos, que enfraquecem os calcanhares da empresa e os “empurram” a desistir de tocar o negócio em frente.
Marcos Hashimoto, do Insper, diz que a maioria das empresas pode começar pequena. “Por exemplo, se você quer montar um site de vendas de passagens aéreas, pode começar em um espaço pequeno, com uma modesta infra- estrutura – móveis e equipamentos mais simples –, que não demandem altos investimentos.
Outro erro é criar uma infraestrutura desnecessária somente com o intuito de atrair investidores. “Mas nem sempre os pilares que seguram essas estruturas estão bem sólidos”, explica Hashimoto. “Quanto menor o investimento, menor o risco e também o medo de o negócio não dar certo”.
O risco de perder o valor do investimento feito na nova empreitada pode ser grande, mas existem empreendedores que não ligam para isso. “Eu lembro do caso de uma choperia no interior de São Paulo. O empresário investiu cerca de US$ 150.000 na reforma do local, na compra de equipamentos de ponta, colocou acabamento de primeira linha e deu uma grande festa para inaugurar a nova casa. Em três meses, o negócio baixou as portas e, para o empresário, foi mais uma brincadeira que ele fez com seu dinheiro”, diz Hashimoto. “Essa não é a realidade da grande maioria das pessoas que abrem um negócio no Brasil. Cada centavo é precioso”.

20. Avalie a mudança de vida com objetividade

Ao decidir abrir um negócio, avaliar as mudanças com objetividade faz com que o empreendedor se sinta mais seguro. “É importante que o empreendedor não fantasie essa mudança, somente vendo pelo lado do sonho, mas sim vislumbrando um caminho real”, afirma Marcelo Cherto.
Muita gente sai do modo “empregado” para o modo “patrão” e não faz essa análise de forma racional. “Sair da posição de empregado para a de patrão envolve uma série de modificações, principalmente no que diz respeito ao status”, afirma Cherto. De início, o empreendedor vai perder todas as mordomias que tinha como empregado, como carro, seguro-saúde, bônus, entre outros. Isso impacta até no lado pessoal, incluindo a família, que tem que estar junta no novo caminho. Mas ele precisa acreditar que essa troca vale a ena. “No curto prazo, a mudança vai pedir esse sacrifício, mas, lá na frente, ele poderá ter o retorno em abundância”, afirma Cherto.
Todo negócio tem um lado não glamouroso, que ocupa boa parte do tempo da vida do empreendedor. “Por exemplo, se o empresário monta um café, ele vai ter que estar preparado para acordar de madrugada para ir ao Ceasa buscar os melhores produtos, operar uma máquina de café, caso seu atendente falte ao trabalho. Ele será o office-boy, o departamento jurídico, o departamento de compras. Normalmente quem vem de uma grande empresa como empregado tem dificuldade em assumir todos esses papéis, pois está acostumado a buscar ajuda para resolver essas questões”, avalia o presidente do Grupo Cherto.
Para assumir o papel de “dono”, é necessário que o empreendedor aprenda a depender de si próprio. “Como empregado, ele espera que alguém defina o comportamento que ele tem que ter. Mas como dono, é o empreendedor quem vai tomar as decisões”, diz Cherto.
André Kina, proprietário da empresa 4Bio, abriu mão do emprego confortável que tinha como gerente financeiro da Procter & Gamble, para assumir o sonho de ser seu próprio patrão. Para ele, um dos maiores obstáculos foi lidar com o aspecto emocional. “Eu tinha uma posição confortável, estava numa empresa que me proporcionava crescimento, tinha vários benefícios. Mas eu olhava para o meu chefe na empresa e não me via feliz ocupando o lugar dele, como diretor”, conta Kina. “Eu descobri que tinha características empreendedoras e, para colocar isso em prática, precisei aplicar boas doses de objetividade para conduzir esse processo, pois o lado emocional pesa muito nessa hora”.?Ao longo do tempo em que trabalhou como empregado, Kina era invadido por questionamentos internos que o “chamavam” para essa nova jornada. ” Chegou um momento em que eu percebi que tinha chegado a hora de tomar essa decisão, pois era o meu sonho, e me descobri um apaixonado por empreender. Cerquei-me de todos os aparatos – conhecimento, capital, pessoas, entre outros –, e parti para a nova jornada. Fiz isso com segurança e não me arrependo por isso”.

Leia os artigos anteriores desta série:

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Fonte: PEGN

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